Oportunidade de negócio
O mundo está mudando e isso não é novidade. O que diferencia o mundo de hoje é a velocidade das mudanças, em que muitas vezes simplesmente seguimos a onda e, quando nos damos conta, ela simplesmente aconteceu.
Assim nasceu o mundo mobile, a transformação em que um telefone não existe somente para fazer ligações, aliás, a maioria dos smartphones fazem de tudo, menos ligações. Quantas vezes você usou seu celular hoje? Quantas vezes você simplesmente conferiu se chegou alguma mensagem, algum whatsapp? Quantas vezes você fez isso na semana? E no mês? E neste mês, quantas vezes você ligou?
Os planos de telefonia celular não são mais consumidos por minutos em que você liga mas em quantidade de dados que você trafega. O que te incomoda mais? Ver que seu celular não tem sinal para fazer uma ligação ou que não tem sinal de internet, na velocidade que você gostaria? Quantas vezes você olhou para ver se tinha sinal para ligar? Ligar se tornou tão obsoleto que orelhões são raridades e tomadas para carregar celular, tablets, notebooks “brotam” do chão. Não fazemos ligações e ainda sim estamos cada vez mais conectados, comunicamos cada vez mais.
Não ligávamos para outras pessoas para contar que tomou café da manhã ou que acabou de fazer uma aula de spinning, mas agora tiramos fotos do que comemos, fazemos vídeos com nossa falta de respiração, criamos experiências para contar para todo mundo, como vivemos e como queremos viver.
A internet mudou a forma de nos conectar e o celular nos deu poder para mudarmos a nossa vida.
“Nós mal lembramos como era a vida antes dele. Ligar pra casa de alguém e perguntar se o fulano está. Ficar na chuva tentando pegar um táxi. Passar horas na fila do banco.”
Boas razões para fazer mobile
Se mudamos nossa vida, se criamos novas formas de comunicar, novas formas de fazer o velho (pegar um táxi, pagar uma conta) criamos também novas formas de fazer negócios e novas empresas surgem e se reinventam.
“O Mobile tem transformado não só a vidas das pessoas, mas também mercados e indústrias inteiras. Ele mudou toda a jornada de compra e decisão. Mas enquanto os consumidores saíram na frente, o investimento das marcas tem ficado para trás.”
Mobile Day: como repensar sua estratégia mobile
Toda mudança gera novas oportunidades e novas oportunidades geram novos negócios. Não é simplesmente uma opção em desenvolver para desktop ou para celular, é uma questão de aprender a fazer um novo formato integrado e reconhecer novas oportunidades, porque essas mudanças já chegaram.
“62% dos usuários de smartphone têm mais de 25 anos.”
“São 48,3 milhões de usuários de smartphone na classe C.”
“A classe C cresceu 204% em menos de uma década. A população total cresceu 10%.”
“A classe C movimenta 495 bilhões de reais em renda própria por ano.”
Boas razões para fazer mobile
O Brasil cresceu e mudou seu comportamento. As donas de casa diferenciavam seu status social com o OMO na janela, os homens com seus charutos e carros magnificos. Em tempos de prosperidade e ostentação, a pirâmide de Maslow é a base para entender comportamentos, necessidades, criar novos produtos e mercados. Mas em tempos de crises, notamos que o comportamento mudou porque nossas necessidades mudaram… Em um modelo de pensamento tradicional, se eu não tenho mais renda, economizo primeiro no supérfluo (cancelo a tv por assinatura, cancelo o Netflix, corto a internet, cancelo tudo que é despesa fixa) depois reduzo nas despesas que podem variar (apago mais luzes, consumo menos água, economizo na compra do supermercado). Mas a crise está aí e basta olhar para o lado e ver que comportamento mudou. Eu troco o lugar que eu almoço, eu mudo de marca, eu deixo o carro em casa e ando do ônibus, mas não cancelo a internet, vendo minha camera semi profissional, mas não vendo meu celular. A internet, através do celular, passou a ser uma extensão de nós, não existe mais diferenciação do que está no mundo virtual e do mundo presente. Eu sou o virtual, logo, não existe a possibilidade de não ter essa conexão com este mundo criado, que é um mundo em que eu existo.
E a nova geração está aí para provar isso, para quebrar esses paradigmas, esses conceitos. Como é possivel uma adolescente de 15 anos ter milhões de “amigos” no facebook se é impossível conhecer essas milhões de pessoas. Para algumas gerações, a resposta é que não são amigos, mas para este adolescente esses milhões de amigos, de seguidores, são o seu motivo para rir, para criar, para mudar, para consumir um produto ou um aplicativo. O espaço físico, a presença física, se tornou irrelevante para se conectar. E é essa geração que é o futuro e é para essa geração que devemos criar novas oportunidades e novos negócios.
Desktop x Mobile
“Bem-vindo a 2015: o ano em que o mobile ultrapassou o desktop.”
Boas razões para fazer mobile
O ano é 2016, o mês, maio. Um frase publicada em junho de 2015 já está completando quase um ano de vida. Hoje, isso é velho, é antigo. As informações não estão mais escritas em enciclopédias vendidas por aquele senhorzinho que bateu na sua porta. As informações são criadas a cada novo segundo. As informações mudam a cada novo segundo. Usamos as informações criadas no passado (mesmo que seja um passado recente), para olharmos no espelho e tentarmos prever o futuro e, quando surge a pergunta desktop ou mobile, percebemos que não é mais uma questão de escolha de plataforma, ou de tecnologia, é um conjunto de opções que compõe a experiência do usuário e elas são complementares.
Para alguns o mobile (seja aplicativo ou mobile site), faz parte de uma estratégia de marketing ou de negócio. Para outros, o mobile é o negócio, é a reinvenção, é o olhar diferente. Não importa o ponto de vista, no final, todos eles se traduzem em pessoas e para entender as pessoas, precisamos entender o seu comportamento. Quem são as pessoas do dia de hoje? O que elas fazem? Como elas usam o celular? Como elas se comportam? Como elas interagem com o desktop e com o celular?
Se olharmos um pouquinho no passado vemos nitidamente um adulto que acordava, conversa com os filhos, dirigia, ligava seu desktop, trabalhava, comia e ligava o computador em casa quando queria aprofundar em alguma coisa, seja um skype com um amigo distante, pesquisar sobre as próximas férias ou aprender algo novo. A nossa vida era feita de momentos. E agora?
“A previsibilidade dos desktops cedeu lugar às interações fragmentadas, viabilizadas pelo uso intenso dos dispositivos mobile, principalmente dos smartphones.”
A revolução dos micro-momentos: como eles estão mudando as regras
Ao olharmos para o presente, antes de levantar para conversar com nossa familia já olhamos se está tudo bem no celular. Tomamos café conferindo as noticias do dia, que antes só sabíamos pelo jornal Hoje na hora do almoço ou o jornal Nacional quando chegávamos em casa, dirigimos com o Waze ligado para saber qual é a melhor rota, trabalhamos com o celular piscando, almoçamos com os colegas de trabalho e discussões infinitas são resolvidas em segundos com uma simples busca no Google.
Nós mudamos e não existem mais momentos, existem micro-momentos que se complementam e, somados, são capazes de transformar uma cultura, um processo de compra ou até mesmo de aprendizado. Não existe desktop sem o celular, porque não existe mais momento em que estamos no computador ou no celular. Não ficamos mais online, estamos online e isso faz com que a pergunta mude. Não é mais decidir desktop ou mobile. É decidir qual o papel do desktop, do site mobile e do aplicativo para o negócio e, em conjunto, criar uma experiência única para o cliente.
Cabe a nós, provedores de tecnologia, questinar, pesquisar, entender, orientar e prover soluções para os negócios e porque não, revolucionar esse negócio.
O que é mobile
Quando falamos em mobile, não estamos falando só aplicativo, mobile é como o site responde em um browser de celular, mobile é qual a experiência em que o usuário cria e como isso interfere no que está a sua volta, mobile é a extensão do usuário. Mobile é empoderamento do indivíduo, mobile é conexão da pessoa com o mundo, é a criação do senso de pertencer, de fazer parte, de se socializar.
Antes de decidir fazer um aplicativo, temos que dar um passo para trás e olhar com olhos críticos, olhos de alunos que procuram entender uma nova matéria, de consumidores de informação. O que este aplicativo irá agregar? Qual a estratégia que está por trás deste aplicativo? Ele irá interagir com outros meios? O site é navegável pelo celular? O que irá levar o usuário a baixar o aplicativo? Por que ele irá abrir o aplicativo? Este aplicativo faz parte do cotidiano? Muda a percepção? Cria conexões? Tem algum propósito?
Respostas são necessárias para tomarmos pequenas decisões de forma correta. Por que usar a framework A ao invés da B? Por que integrar com uma api ao invés da outra? Por que procurar uma api para ser integrada ao projeto? Por que desenvolver a funcionalidade assim ou assado? Somos uma empresa de tecnologia, mas as tecnologias são desenvolvidas para as pessoas e pelas pessoas. Se tudo está relacionado a pessoa, então tudo se traduz em nós, na experiência que essa pessoa terá com todo o serviço proposto.
Não dá pra pegar seu site desktop, jogar no mobile e achar que a experiência vai ser boa.
Por onde começar: Site ou app?
A decisão de onde começar depende do negócio que você está desenvolvendo ou está mudando ou simplesmente agregando. O site do Nubank é simplesmente informacional, ele não tem nenhuma funcionalidade já que o objetivo único e exclusivo deste canal é informar. O aplicativo é o negócio, então faz sentido gastar todas as cartas na manga com um aplicativo. Por outro lado, o site de um banco, que possui como principal modelo de negócio o presencial, a agência, o site começa com o informacional mas utiliza da tecnologia para reduzir seus processos e economizar seus custos. A necessidade de criar um site em que permita que seu cliente pague suas contas e estenda essa funcionalidade para tirar a foto do código de barras usando o aplicativo no celular, não foi desenvolvida pensada no cliente, foi desenvolvida centrada na empresa. E essa é a grande sacada da reinvenção do Nubank.
Por onde começar: Site ou app?
Antes de desenvolver, entender o papel do site mobile ou do aplicativo para o negócio, fará com que decisões de implementação sejam mais assertivas, já que estarão alinhadas com o negócio, com a estratégia. Em alguns casos, desenvolver um aplicativo será apenas abrir um novo canal, em outros casos será em repensar no comportamento das pessoas e quebrar paradigmas.
Esta série do Cognitio poderá trazer novos olhares não só de tecnologia, mas de tendências de comportamento, de pessoas e, a soma de todos esses olhares, de todas as informações, pode mudar a simples decisão do quê implementar e principalmente de como implementar.
Divirtam-se
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